quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Cuba: Quase 90% dos cubanos votaram nas eleições municipais

Cubana deposita voto em urna guardada por crianças de escola primária | Foto: Roberto Suárez/Juventud Rebelde
Por Sturt Silva

Mais de 7,6 milhões de cubanos e cubanas foram às urnas nas eleições municipais do último domingo (26/11), o que representa 89,02% daqueles que tinham direito ao voto, informou a Comissão Eleitoral Nacional de Cuba (CEN).

Segunda a imprensa cubana, dos 8.855.213 eleitores aptos para votar, 7.610.183 votaram no último domingo. Aproximadamente 60 mil eleitores a mais se comparado com as últimas eleições, realizadas em 2015.

Vídeo da cubana Leslie Salgado explicando como é processo eleitoral cubano:


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Das 12.515 circunscrições existentes, 11.415 tiveram delegados eleitos. O restante, por volta de 1.100 circunscrições, realizarão o segundo turno no próximo dia 3 de dezembro.

Os 12.516 eleitos ocuparão vagas nas 168 Assembleias Municipais, que entre outras funções, indicarão, junto a outras organizações cubanas, delegados paras às assembleias nas províncias e para à Assembleia Nacional, entidade responsável, em última instância, para eleger o novo presidente do país.

Assista: Qual o caminho da Revolução Cubana depois de Raúl Castro?

Jornalista e amigo da Revolução Cubana, Breno Altman analisa o futuro de Cuba; assista no vídeo abaixo
Fidel e Raúl na manifestação de 1º de Maio/2017 - Foto L. Eduardo Domínguez/Cubadebate
Por Sturt Silva

No último dia 24 de novembro, uma dia antes do aniversário de 1 ano de morte de Fidel Castro, o jornalista Breno Altman analisou como será o futuro de Cuba após a geração revolucionária de 1959 deixar o governo. 

No último dia 26, o povo cubano foi às urnas para eleger novos representantes a nível municipal, o processo terminará ano que vem com a escolha do novo presidente do país. Raúl Castro, que oficialmente assumiu o poder em 2008, não será candidato. Espera-se que no primeiro semestre Cuba tenha um novo presidente.

Estado de bem-estar social

Altman destacou que Cuba foi obrigada a integrar ao campo socialista, liderado pela URRS, depois do início do bloqueio dos EUA. A parceria com o bloco soviético socialista trouxe uma série de avanços para o país como a possibilidade de ter acesso a uma poupança externa que garantiu investimentos necessários para a manutenção da economia nacional e a criação de um estado de bem-estar social. Esse período, que teve uma economia estatal e planejada como marca, durou de 1962, com caráter socialista da Revolução, até 1991, com o fim da URSS.

Período Especial 

Na década de 90, com o fim da parceria com a URSS e o fortalecimento do bloqueio estadunidense, Cuba viveu o "perídio especial" onde o PIB cubano caiu 1/3 em 3 anos. Para enfrentar a crise, Fidel adotou algumas medidas econômicas que liberalizou e dinamizou a economia nacional, inclusive abrindo o país ao capital estrangeiro e possibilitando o renascimento do mercado.

Já nos anos 2000 a correlação de forças na América Latina mudou e Cuba acabou sendo beneficiada com o processo, principalmente com a vitória de Hugo Chávez na Venezuela, em 1998.  

Governo Raúl Castro

domingo, 26 de novembro de 2017

Fernando Morais: "Fidel Castro entre os 5 maiores do século XX"

Fernando Morais entrevistado por Judite Santos | Reprodução: MST/Youtube
No dia que a morte de Fidel Castro completou um ano, o escritor e jornalista Fernando Morais, amigo de Fidel e da Revolução Cubana foi entrevistado pela TV MST.

Fernando Morais é autor de 2 livros sobre Cuba: "A Ilha" e  "Os últimos soldados da guerra fria".

Assista: 

Juventude cubana homenageia Fidel Castro na Universidade de Havana

Juventude nas escadarias da Universidade de Havana | Foto: @Hrrebelde/Twitter 
Fidel Castro foi homenageado pela juventude cubana no dia que completou um ano do seu desaparecimento físico. Ontem (25), ocorreu um um ato político e cultural nas escadarias da Universidade de Havana.

Vejas fotos:
Assista o ato na íntegra:

As homenagens a Fidel continua em todo país até 4 de dezembro.

sábado, 25 de novembro de 2017

Um ano depois da morte de Fidel, Cuba continua em Revolução

Menino cubano com retrato de Fidel | Foto: Alejandro Ernesto/EFE
Do Vermelho

Um ano depois da morte do líder histórico da Revolução, Fidel Castro Ruz, o povo cubano continua sendo fiel às ideias do Conceito de Revolução, expresso por ele no dia 1º de maio de 2001, em Havana. As muitas lições da sua herança foram essenciais em momentos de adversidades climáticas, de transformações necessárias e de muito trabalho em prol do futuro que queremos.

Sentido do momento histórico

Durante o ano 2017 Cuba lembrou com sentidas homenagens uma figura cujo exemplo transcende as fronteiras do tempo e do espaço: o guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Guevara de la Serna.

Em um contexto onde a direita parece recuperar espaço nos governos regionais, voltar ao pensamento e às experiências que legou o revolucionário internacionalista é uma maneira de compreender a história comum que partilhamos com os povos da América e a ameaça que representa o imperialismo para a região.

Igualdade e liberdade plenas

São esses os direitos legitimados e defendidos nas eleições gerais 2017-2018, uma verdadeira manifestação de participação da cidadania. Cuba faz parte dos poucos países — apenas cinco no mundo — onde a idade para votar é de 16 anos; destaca-se ainda o fato de que com 18 anos de idade a pessoa pode ocupar um posto no Parlamento.

Contudo, são mais os anos de luta que custou atingir estas conquistas das presentes e futuras gerações. Por isso, não se podem perder.

Ser tratado e tratar os outros como seres humanos

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A despedida que eu vi! Fidel, o campeador que segue vencendo batalhas depois de morto

Túmulo de Fidel Castro entre José Martí e os mártires de 26 de julho - Santiago de Cuba | Foto: Maria Leite
Por Maria do Carmo Luiz Caldas Leite*

Na manhã do dia 26 de novembro de 2016, após receber a notícia da morte de Fidel através de uma amiga, trabalhadora do Minrex de Cuba, a emoção abriu espaço às lembranças dos momentos em que me acerquei ao comandante: nas festas de 26 de Julio, na abertura dos Jogos Pan-americanos de 1991, na viagem à Santa Clara durante o traslado dos restos mortais de Che, na missa de João Paulo II celebrada na Praça da Revolução, nas comemorações de 1° de maio, nos eventos de Pedagogia em La Habana e muitos outros. Acalmada a borrasca, secadas as lágrimas, me vieram à mente as lições, as palavras comprometidas de forma indissolúvel com a ação e desprovidas de retórica banal, os discursos iniciados com um som quase inaudível que, pouco a pouco, despertavam um estado de graça irresistível. Isso tudo, apenas poderão negar os que não tiveram a glória de escutá-lo. Com mais tranquilidade, comecei a concretizar o plano de toda a vida: ir a Cuba na despedida do comandante, o campeador invicto, que deixou ao mundo um legado de resistências e de vitórias.

Quando da morte de El Cid - Rodrigo Díaz de Vivar -, em 1099, as fortalezas de Valencia se abriram. Por elas saíram a galope todos os cavaleiros, com Vivar morto, mas no comando das tropas, munido de armas e a cavalo, para que seus homens recuperassem a moral própria dos vencedores. Em discurso pronunciado por ocasião do 60° aniversário de seu ingresso no curso de Direito, Fidel resumiu, melhor do que ninguém, a sua existência: “El día que me muera de verdad nadie lo va a creer. Podría andar como el Cid Campeador, que ya muerto lo llevaban a caballo ganando batallas”.

Fidel dominava uma rara virtude política, que é a faculdade de vislumbrar futuros acontecimentos, não como um exercício de adivinhação, mas pela análise do contexto. Por essa trilha, continuamente pensava: onde será a última morada do comandante? Após uma longa viagem de 45 horas, de São Paulo a Santiago de Cuba, fui diretamente ao Cemitério Santa Efigênia, e lá estava, no mesmo local onde sempre eu havia imaginado, a tumba de Fidel, entre o mausoléu de Martí e dos mártires do Quartel Moncada.

A trajetória do cortejo, em sentido inverso a dos revolucionários de Sierra Maestra na Caravana de Liberdade, culminou com a chegada das cinzas de Fidel a Santiago de Cuba, em 3 de dezembro de 2016. A cidade, onde não há uma única pedra que algum dia não tenho sido lançada contra um inimigo, fala com eloquência de uma cultura síntese entre o espanhol, o africano e o latino-americano. Nesta ocasião, a serenidade e a tristeza lotaram ruas e praças à espera de seu líder. Em que pese o profundo processo educativo realizado pela Revolução, o povo presente à despedida, assim como eu mesma, parecia repetir as inspiradas palavras de Raúl Torres: Padre Mio, no te sueltes de mi mano, aún no sé andar bien sin tí.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

“Yo Soy Fidel”: Jornalistas lançam livro que retrata funeral de Fidel e sua relação com o povo

“Yo Soy Fidel” será lançado em Curitiba um ano após a morte do líder cubano
Multidão no enterro de Fidel em 2016 | Rádio Habana Cuba
Do Brasil de Fato

Os jornalistas Gibran Mendes, Leandro Taques e Tadeu Vilani lançam, na próxima quinta-feira (23), em Curitiba, o livro “Yo Soy Fidel”. A obra retrata a viagem dos três para Cuba, onde cobriram o funeral do maior líder da revolução cubana, Fidel Castro Ruz. 

Fidel Castro Ruz faleceu em 25 de novembro de 2016. O anúncio foi realizado em cadeia nacional pelo seu irmão, Raul Castro, emocionando a maior parte dos cubanos que vivem na Ilha. Em todos os rincões de Cuba foram realizadas homenagens, sobretudo a partir do cortejo fúnebre que cortou a Ilha de ponta a ponta com gritos de “Yo soy Fidel”. 

A viagem dos jornalistas, de aproximadamente 10 dias, rendeu mais de 2 mil quilômetros entre Havana, capital da Ilha, até Santiago de Cuba, a derradeira despedia do “comandante”.

No livro, é possível acompanhar a viagem, saber sobre o funeral e entender um pouco mais sobre a relação do povo cubano com Fidel, com seu próprio país e visão de mundo.

domingo, 19 de novembro de 2017

Cuba: líder em médicos per capita


Por Sturt Silva

Segundo levantamento do jornalista Miguel do Rosário, editor do blog O Cafezinho, Cuba é líder em médicos per capita. Na ilha socialista existe em média 7 médicos para cada 1.000 pessoas. Já no Brasil, que atualmente enfrenta desmonte do programa Mais Médicos e proibição de abertura de novos cursos de medicina, teria menos de 2 médicos disponíveis para cada grupo de 1.000 pessoas.

Veja o ranking por países:
Os dados são da Organização das Nações Unidades (ONU).

Leia mais:

Cuba é o país que mais investe em saúde nas Américas: mais de 10% do PIB.
Para Organização Mundial da Saúde sistema de saúde de Cuba é modelo .
Aleida Guevara, filha de Che: "os médicos cubanos servem ao povo".
Salim Lamrani : Cuba, a ilha da saúde.

Atualizado às 21:36 do dia 20/11/2017.

sábado, 18 de novembro de 2017

Fidel Castro homenageado no Memorial da Resistência de São Paulo

"Sábado Resistente" homenageia Fidel Castro | Foto: Cubaminrex
Por Sturt Silva

No último dia 11 de novembro, o Memorial da Resistência, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, promoveu mais uma edição do Sábado Resistente, projeto realizado em parceria com o Núcleo de Preservação da Memória Política. O evento homenageou o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, falecido há quase um ano.

Durante o ato, foi exibido o documentário “Fidel”, de Estela Bravo, que conta a trajetória do comandante ao longo de 40 anos, com entrevistas e filmagens exclusivas. O livro “Cuba no século XXI: dilemas da Revolução”, organizado por Fábio Luís Santos e com prefácio de Frei Betto, com uma coletânea de textos de diferentes autores sobre temas diversos relacionados à realidade cubana também foi lançado.

O debate sobre a Revolução Cubana e legado de Fidel Castro contou com a participação de Rubens Paolucci Junior, educador popular que estudou em Cuba em 1987/88 e tem apoiado as campanhas de solidariedade a Cuba e Carlos Vieira, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ambos professores ressaltaram as qualidades de Fidel: como condutor do processo revolucionário e da construção do socialismo em Cuba frente às hostilidades e ao bloqueio dos EUA, como internacionalista e como apoiador do processo de libertação de Angola e do fim do apartheid.

Em sua participação, o Cônsul de Cuba em São Paulo, Antonio Mata, defendeu que a unidade na luta revolucionária é uma das premissas do legado de Fidel e essa é a garantia da continuação da Revolução Cubana.

Com informações do Núcleo de Preservação e Consulado de Cuba/SP.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

"Fidel é Fidel": Assembleia Legislativa da Bahia recebe exposição sobre Fidel Castro

Fidel é Fidel: Salvador recebe exposição nesta segunda-feira (20) de líder da Revolução Cubana


A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) recebe entre os dias 20 e 24 de novembro, no Saguão Josaphat Marinho, a mostra “Fidel es Fidel”, com a exposição de 17 fotografias históricas do líder da Revolução Cubana registradas pelo fotógrafo Roberto Chile. 

Um dos destaques é a foto “La estrella de Fidel”, que mostra a famosa boina do revolucionário e a estrela vermelha – parte integrante da bandeira de Cuba. 

Aberta ao público, a atividade antecede a Sessão Especial em Homenagem Póstuma a Fidel Castro, morto em 25 de novembro de 2016, a ser realizada no plenário da Casa na sexta-feira (24) às 9h30. Os eventos foram propostos pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT). 

Serviço: 

Exposição: “Fidel es Fidel”. 
Local: Saguão Josaphat Marinho, entrada principal da Assembleia Legislativa da Bahia. 
Abertura: 20 de novembro (segunda-feira) a 24 de novembro (sexta-feira). 
Entrada: gratuita. 
Classificação: livre.

Homenagem histórica

Além da exposição, no dia 24, Fidel será homenageado na ALBA com uma seção especial história:


Espãnol

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Vamos pra Cuba: Brigada Sul-americana com inscrições abertas até 22 de dezembro

Que ir a Cuba e conhecer a realidade do único país socialista do ocidente com seus próprios olhos? Então o momento é agora. Veja como:
XXV Brigada Sul-americana homenageará os 90 anos de nascimentos de Che Guevara
Por Sturt Silva

Trata-se da Brigada Sul-americana de Trabalho Voluntário e Solidariedade a Cuba, onde pessoas do Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai visitarão Cuba com objetivo de conhecer melhor a realidade do povo cubano e contribuir, através de jornadas de trabalho voluntário, com o desenvolvimento agrícola e produtivo do país. 

Em 2018 a brigada, que será realizada entre os dias 21 de janeiro e 4 de fevereiro, chegará a sua XXV edição e homenageará os 90 anos do nascimento do guerrilheiro heroico, Ernesto "Che" Guevara, e os 65 anos do assalto aos quartéis Moncada e Carlos Manuel Céspedes. 

As inscrições estão abertas até o dia 22 de dezembro de 2017. A coordenadora da brigada é Yarisleidis Medina Valle, diretora do ICAP (Instituto Cubano de Amizade dos Povos) para América Latina e Caribe. Se você estiver interessado em participar procure os movimentos de solidariedade a Cuba na sua cidade ou estado. Na barra lateral de nosso site, na seção “movimento brasileiro de solidariedade a Cuba” e "páginas solidárias", temos links que pode ajudá-lo a entrar em contato.

Serão quatorze noites – delas, sete no Acampamento Internacional “Julio Antonio Mella”-CIJAM, localizado no Município de Caimito, a 45 km da cidade de Havana e cinco em hotéis das províncias de Camagüey, Granma e Santi Spíritus. Também ocorrerão visitas a centros históricos em Villa Clara e Santiago de Cuba.

Brigada homenageará também os 65 anos do assalto aos quartéis Moncada e Céspedes:


A estadia terá o custo de 595 CUC (veja a cotação na época, mas 100 dólares em Cuba vale 87 CUC) e inclui alojamento em habitações divididas com seis pessoas no caso do CIJAM, alimentação e transporte para todas as atividades da programação. As jornadas de trabalho voluntário serão em áreas próximas ao CIJAM – acampamento criado em 1972 que conta com condições adequadas para satisfazer a vida coletiva e as necessidades das pessoas que visitam Cuba. 

O brigadista deve se comprometer a cumprir o programa previsto e observar adequadamente as normas de conduta, disciplina e convivência social.

OBS: Caso não conseguir dessa vez, em abril/maio tem outra: é a Brigada Internacional Primeiro de Maio.

Programação da XXV Brigada Sul-americana de Trabalho Voluntário e Solidariedade a Cuba

domingo, 12 de novembro de 2017

Método cubano alfabetiza centenas de trabalhadores Sem Terra no extremo sul da Bahia

Trabalhadores alfabetizados com "Sim, Eu Posso" | Foto: MST/Bahia 

O método cubano “Sim, Eu Posso” tem sido um instrumento importante de alfabetização de jovens e adultos, assentados e acampados de Reforma Agrária em toda a Bahia. No extremo sul do estado, o processo de escolarização toma grandes proporções, erradicando o analfabetismo em 11 áreas do MST. 

Fruto desse processo, no sábado, dia 18 de novembro, às 15h, o Assentamento Paulo Kageyama, localizado em Eunápolis, será palco da formatura de 29 turmas, que resultou na alfabetização de 233 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra. 

O “Sim, Eu Posso” tem avançado na popularização do acesso à leitura e escrita, combatendo as desigualdades sociais e os altos índices de analfabetismo no Brasil. De acordo com o último senso levantado pela Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, divulgado em 2015, o extremo sul baiano possui mais de 20% da população adulta e idosa não alfabetizada nas áreas de Reforma Agrária. Esse percentual se soma ao vergonhoso dado brasileiro, onde mais de 13 milhões de jovens e adultos não sabem ler ou escrever.

Leia também:
Com método cubano, MST vai alfabetizar 20 mil pessoas no Maranhão 
Programa cubano de educação já alfabetizou 10 milhões de pessoas pelo mundo
Com método cubano de educação, Unesco declara Bolívia um país livre do analfabetismo

Implementação

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

4 milhões de turistas visitaram Cuba em 2017

Che Guevara em Havana

Cuba atingiu nesta segunda-feira (06/11) a marca de 4 milhões de visitas internacionais. Os dados, do Ministério do Turismo do país, mostram que a cifra foi alcançada quase dois meses antes do dia em que, em 2016, a marca foi registrada.

O dado é ainda mais significativo se for considerado que o país sofreu com a passagem do furacão Irma, que em setembro deste ano deixou mortos na capital e causou inúmeros danos elétricos na região. 

De lá para cá o governo cubano, realizou um intenso trabalho de recuperação das áreas afetadas, possibilitando a abertura de diversos pontos turísticos da região, que voltaram a operar normalmente, segundo enfatizou a nota do Ministério do Turismo.

Neste ritmo, a ilha terá recebido 4,7 milhões de turistas até o final do ano, num crescimento de 16,5% em relação a 2016. No ano passado, pela primeira vez, o país recebeu mais de 4 milhões de viajantes, e a meta para 2018 é elevar este número para 5 milhões. 

Além disso, o total de viajantes a turismo que saíram dos Estados Unidos em direção a Cuba aumentou 150% no primeiro semestre de 2017. Este crescimento é creditado às políticas de reaproximação de Washington com Havana, impulsionadas pelo então presidente norte-americano Barack Obama. 

Segundo o ministro cubano do setor, Manuel Marrero, não foi apenas o crescimento do turismo norte-americano que influenciou nos números. Para ele, a criação de novas rotas para Cuba (como a proveniente da Turquia) e o surgimento de novas frequências para Havana (em especial, das companhias Air Europa e Air France) também foram responsáveis pelo crescimento. Os países que mais mandam turistas a Cuba são Espanha, França, Itália e Alemanha, além do Canadá, que lidera a lista.

domingo, 5 de novembro de 2017

Legado de Fidel Castro abordado em semana universitária da UnB

Legado de Fidel Castro em debate na Universidade de Brasília | Foto: Nescuba
Por Sturt Silva

No último dia 24 de outubro, foi apresentado um painel sobre Fidel Castro dentro da VII Semana Universitária da UnB (Universidade de Brasília).

Organizado pelo Núcleo de Estudos Cubanos (Nescuba), o evento contou com a participação do jornalista Beto Almeida, do coordenador do grupo parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mousinho, e do vice-ministro da indústria de Cuba, na década de 60, e colaborador de Che Guevara, Ingeniero Tirso Saenz.

Conduzido pelos professores Erlando da Silva e Maria Auxiliadora César, cerca de 100 estudantes e professores debateram e refletiram sobre a obra e legado de Fidel e a atualidade cubana.


Com informações da Embaixada de Cuba e do Nescuba.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Pela 26ª vez consecutiva ONU condena bloqueio dos EUA contra Cuba

ONU: votação da resolução contra o bloqueio - 2017: 191 a favor, 2 contra | Arte: CubaMINREX 
Do Opera Mundi 

A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta quarta-feira (01/11), pela 26ª vez consecutiva, uma resolução que condena e pede o fim do bloqueio econômico que os Estados Unidos impuseram sobre Cuba. Foram 191 votos a favor, 2 contra (de EUA e Israel) e nenhuma abstenção.

Ao contrário da votação de 2016, quando os EUA decidiram se abster, a embaixadora do país na ONU, Nikki Haley, votou contra a resolução. O movimento vem no âmbito da troca de governo nos Estados Unidos e do novo posicionamento da administração de Donald Trump em relação à ilha, revertendo a aproximação iniciada pelo ex-presidente Barack Obama.

Apesar das sucessivas aprovações, o governo norte-americano justificava a continuidade do bloqueio dizendo que a decisão de derrubá-lo cabia ao Congresso, e não à Casa Branca.

O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, representou o país na Assembleia, e fez um discurso bastante aplaudido pela Assembleia Geral.
Mais uma vitória de Cuba contra os EUA na ONU | Arte: Vermelho