quinta-feira, 12 de maio de 2016

'Hoje se consumou um passo fundamental para os objetivos golpistas' no Brasil, diz governo de Cuba

Havana presta solidariedade a Dilma e diz que processo de impeachment faz parte de 'contraofensiva reacionária contra governos progressistas da América Latina'

Dilma e Rául Castro. Por Agência Brasil
O governo de Cuba declarou que nesta quinta-feira (12/05), dia em que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi afastada por até 180 dias do cargo, “se consumou um passo fundamental para os objetivos golpistas” dos opositores de Dilma.

“O que ocorre no Brasil é parte da contraofensiva reacionária do imperialismo e da oligarquia contra governos revolucionários e progressistas da América Latina e Caribe que ameaça a paz e estabilidade das nações”, declarou o governo cubano em nota oficial.

“[O impeachment no Brasil] se trata, na realidade, de um artifício armado por setores da oligarquia no país, apoiados pela grande imprensa reacionária e o imperialismo, com o propósito de reverter o projeto político do Partido dos Trabalhadores, derrubar o governo legítimo e usurpar o poder que não puderam ganhar com o voto eleitoral”, diz a nota.

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Havana manifestou apoio a Dilma, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PT e ao “povo do Brasil”, que “contam e contarão sempre com toda a solidariedade de Cuba”. 

Na nota, o governo cubano cita uma fala do presidente Raúl Castro, feita no último mês de dezembro. “A história demonstra que, quando a direita chega ao governo, ela não tem dúvidas em desmontar as políticas sociais, beneficiar os ricos, restabelecer o neoliberalismo e aplicar terapias de choque cruéis contra os trabalhadores, as mulheres e os jovens”, disse Raúl. 

O Senado admitiu nesta quinta o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, por 55 votos a favor contra 22. Com a decisão, ela foi afastada e, no lugar, assumiu Michel Temer (PMDB). Nesse período, o Senado julga se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Caso os senadores julguem que sim, ela perde o mandato e fica inelegível por oito anos, e Temer assume definitivamente a Presidência.

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