quinta-feira, 23 de março de 2017

Brasileiro leva solidariedade a Cuba através de brigada de trabalho voluntário

Comunista brasileiro foi um dos 158 brigadistas da 24ª Brigada Sul America a Cuba
Do Vermelho 

Rodrigo de Oliveira Callais é comunista, presidente do PCdoB em Gramado, no Rio Grande do Sul, e acaba de participar da 24ª Brigada Sul Americana de Solidariedade a Cuba. Ele era um dos mais de 150 participantes de diversos países da América Latina que foram à ilha prestar solidariedade ao povo cubano e à revolução.

Em seu relato, Rodrigo destaca o quanto ficou impressionado com a beleza das cidades cubanas e o caráter do povo. Ressalta ainda a participação democrática da população em todas as instâncias de poder e o empoderamento feminino.

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Leia o relato de Rodrigo na íntegra: 

 Através da Associação Cultural José Marti-RS, tomei conhecimento da possibilidade de participar da 24ª Brigada Sul Americana de Solidariedade a Cuba e de trabalhos voluntários que ocorreu entre os dias 21 de janeiro e 05 de fevereiro de 2017, reunindo brigadistas do Brasil, Argentina e Chile, em um total de 158 pessoas.

É uma experiência fantástica, com troca de ideias e informações de maneira riquíssima. Comunistas de diferentes países expondo as conjunturas políticas de seus países e suas experiências de luta, e principalmente e mais importante, todos conhecendo Cuba e seu socialismo, como os cubanos dizem “nosso socialismo”, que apesar de todas as adversidades impostas pelo bloqueio criminoso do imperialismo norte americano, segue firme na construção de uma sociedade justa e igualitária.

Um país com um sistema político amplamente democrático com a participação da grande maioria da população (de forma espontânea), onde o empoderamento da mulher é visível, sendo que 48% do parlamento é composto por mulheres e elas ocupam vários postos de direção em todas as atividades, um sistema de saúde e educação de qualidade e gratuito a toda a população,um país onde os trabalhadores são respeitados e participam ativamente da construção da nação, onde os trabalhadores do campo estão organizados em cooperativas, onde temos a liberdade de andar tranquilamente a qualquer hora sem temer pela própria vida, onde, diferentemente do que a grande mídia espalha existem pessoas que são contra o governo e o modelo político e econômico, e que estão livremente expressando suas opiniões.

O que encontrei foi um país com muitas belezas naturais, cidades históricas, um povo hospitaleiro e solidário.

E principalmente um povo comovido pela recente perda de seu líder, Fidel Castro, El Comandante, ou como ouvi de alguns, “pai do povo cubano”, o que demonstra a grandeza que este revolucionário representa para todos aqueles que se sentem protegidos pela revolução, da qual, defendem e dizem que irão defender para que siga com as próximas gerações.

Realizamos trabalhos voluntários na região de Artemisa, 45 quilômetros de Havana, entre as atividades colheita de feijão e mandioca, o que possibilita um convívio com o povo cubano em sua essência e não só como as mídias tradicionais tentam nos vender.

Na programação da brigada estão incluídas visitas aos CDR ( Comitê de Defesa da Revolução ) e a locais de turismo histórico,como o Museu da Revolução, Memorial Che Guevara, Memorial Camilo Cienfuegos, Museu Playa Girom e Museu do Trem Blindado, assim como, também nos foi proporcionado momentos de lazer em locais magníficos como as belas praias de Cuba.

Durante este período os brigadistas são alojados no Cijam (Acampamento Internacional Julio Antonio Mella) um local amplo onde prevalece o convívio entre os brigadistas, com a realização de palestras e reuniões durante todo o período da brigada, com os mais diversos temas como economia, política, cultura, saúde, educação, os novos desafios de Cuba, a construção do socialismo entre outros. Conviver com o povo cubano diariamente em suas casas e bairros nos faz crer que o ser humano é capaz de manter sentimentos de humanidade e não de individualismo e competitividade que o mundo capitalista nos impõe.

O povo cubano nos mostrou que uma sociedade formada por pessoas bem educadas e com ótimos índices de saúde leva uma nação a caminhar para a felicidade e orgulho próprio, não sendo um ufanismo besta de vestir camisas de sua seleção e gritar asneiras, mas sim de demonstrar conhecimento sobre os mais diversos assuntos e capacidade de solidarizar-se ao ponto de irem aos mais distantes locais do mundo para ajudar e não sugar seu povo ou suas riquezas.

Conhecer Cuba, seu povo, sua revolução, seu socialismo nos faz acreditar que um mundo melhor é possível, nos faz renovar nosso espírito revolucionário.

Muitos me mandaram para Cuba, fui, e recomendo a todos. Participar das brigadas de solidariedade é uma experiência única, voltei muito mais convicto e preparado para o papel que me cabe na construção do socialismo, defesa de nosso país e dos trabalhadores.

Viva Cuba! 
Viva a Revolução! 
Viva Fidel! 
Viva o Socialismo!

4 comentários:

  1. A tendência é que o comunismo caia cada vez mais em desuso... o mundo contemporâneo permite mais...

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    1. Necessitamos é superar o capitalismo. Esse sistema já deu!

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    2. E o capitalismo está trazendo caos ao mundo, destruição da natureza, desigualdade social, miséria, o ser humano vale pelo quem tem, saúde e educação como forma de lucro e não necessidade. Depois o comunismo é que está em desuso. Vamos estudar história.

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