sábado, 25 de abril de 2015

Fidel Castro, arquiteto da soberania nacional de Cuba

O líder revolucionário realizou o sonho do Apóstolo e Herói Nacional José Martí de uma Cuba independente e devolveu sua dignidade ao povo da Ilha.


Por Salim Lamrani no Al Mayadeen - Tradução do Diário Liberdade

O triunfo da Revolução em Cuba em 1º de janeiro de 1959 gerou a mais importante transformação social da história da América Latina. Ao derrubar a ordem e as estruturas estabelecidas, Fidel Castro pôs em causa o poder da oligarquia batistiana e dos conglomerados econômicos e colocou o ser humano no centro do novo projeto de sociedade dedicando os recursos nacionais ao povo.

A principal conquista da Revolução cubana é a independência e a soberania tão perseguidas pelo povo cubano desde o século XIX e pelas quais José Martí sacrificou sua vida em 1895. Ao por fim a mais de 70 anos de domínio dos EUA sobre a Ilha, Fidel devolveu aos cubanos sua dignidade perdida durante a intervenção estadunidense na guerra de independência de Cuba em 1898 e a ocupação militar que havia transformado a Ilha em simples protetorado. O presidente John F. Kennedy não se equivocou: "Fidel Castro faz parte do legado de Bolívar. Deveríamos ter dado ao fogoso e jovem rebelde umas boas-vindas mais calorosas na hora de seu triunfo" [1].

Para entender a importância simbólica de Fidel Castro na história de Cuba é necessário remontar ao início do século XIX, no momento em que a ilha começou a suscitar as pretensões do "vizinho pujante e ambicioso" [2]. De fato, Cuba é uma das mais antigas inquietudes da política externa dos Estados Unidos. Em 1805, Thomas Jefferson evocou a importância da ilha enfatizando que sua "posse [era] necessária para assegurar a defesa da Luisiana e da Florida pois [era] a chave do Golfo do México. Para os Estados Unidos a conquista seria fácil" [3]. Em 1823, John Quincy Adams, então secretário de Estado e futuro presidente dos Estados Unidos, aludiu ao tema da anexação de Cuba, elaborando a famosa teoria da "fruta madura": "Cuba, separada pela força de sua própria conexão desnaturalizada com a Espanha e incapaz de se sustentar por ela mesma, terá necessariamente que gravitar em torno da União Norte-Americana e somente a ela" [4]. Assim, durante o século XX, os Estados Unidos tentaram comprar Cuba da Espanha ao menos seis vezes.

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Salim Lamrani
Durante a Primeira Guerra de Independência, de 1868 a 1878, os insurgentes cubanos, afligidos por profundas divisões internas, foram derrotados pelo exército espanhol. Os Estados Unidos deram seu apoio à Espanha vendendo-lhe as armas mais modernas e se opôs resolutamente aos independentistas, perseguindo os exilados cubanos que tentavam dar sua contribuição à luta armada [5]. Em 29 de outubro de 1872, o secretário de Estado Hamilton Fish reconheceu Daniel Edgar Sickles, então embaixador estadunidense em Madri, como participante de seus "presságios de êxito para a Espanha na supressão da revolta". Washington, opositor da independência cubana, desejava tomar posse da Ilha [6].

Durante a Segunda Guerra de Independência, de 1895 a 1898, os revolucionários cubanos, unidos em torno de seu líder José Martí, tiveram que enfrentar outra vez a hostilidade dos Estados Unidos, que ofeceram seu apoio à Espanha vendendo-lhe armas e prendendo os patriotas cubanos em seu território que tentavam ajudar os insurgentes.

Em 1898, apesar de sua superioridade material, a Espanha estava a bordo do abismo, vencida no campo de batalha pelos independentistas cubanos. Em uma carta enviada ao embaixador dos EUA em Madri Stewart Woodford, datada de 9 de março de 1898, o presidente estadunidense William McKinley lhe escreveu que a "derrota" da Espanha era "iminente". "[Os espanhóis] sabem que Cuba está perdida". Segundo ele, "se os Estados Unidos querem Cuba, devem obtê-la pela conquista" [7].

Em abril de 1898, após a misteriosa explosão do navio de guerra estadunidense The Maine na baía de Havana, o presidente McKinley solicitou a permissão do Congresso para intervir militarmente em Cuba e impedir que a ilha conseguisse sua independência. Vários parlamentares estadunidenses denunciaram uma guerra de conquista. John W. Daniel, senador democrata de Virgínia, acusou o Governo de querer intervir para evitar uma derrota dos espanhóis: "Quando chegou a hora mais favorável para uma vitória revolucionária e menos vantajosa para a Espanha, [...] se atribui ao Congresso que entregue ao presidente o exército dos Estados Unidos para impor pela força um armistício entre duas partes, quando uma das duas já depôs as armas" [8]. Assim, em três meses, os Estados Unidos tomaram o controle do país e impuseram um tratato de paz à Espanha, do qual os cubanos foram excluídos, destroçando seu anseio de independência.

De 1898 a 1902, Washington ocupou Cuba e obrigou a Assembleia Constituinte a incluir a emenda Platt na nova Carta Magna, sob pena de prorrogar indefinidamente a ocupação militar. O texto redigido pelo senador Orville H. Platt proibia Cuba de assinar qualquer acordo com um terceiro país ou de contrair uma dívida com outra nação. Também dava aos Estados Unidos o direito de intervir a todo o momento nos assuntos internos de Cuba e compelia a ilha a arrendar indefinidamente a Washington a base naval de Guantánamo [9]. Em uma carta de 1901, o general Leonard Wood, então governador militar de Cuba, felicitou ao presidente McKinley: "Desde já, sob a emenda Platt, não há independência – ou pouca – para Cuba e a única coisa importante agora é buscar a anexação" [10].

De 1902 a 1958, Cuba tinha o status de República neocolonial, totalmente dependente do poderoso vizinho. Uma livraria não se equivocou quando difundiu em 1902 um mapa da ilha sob o título: "Nossa nova colônia: Cuba" [11]. O Tratado de Reciprocidade Comercial imposto a Cuba em 1902 constituiu de fato uma anexação econômica [12].

Os Estados Unidos intervieram militarmente em Cuba em 1906 e instalaram o governador Charles E. Mangoon até 1909, lembrando aos cubanos quem era o verdadeiro dono da ilha [13]. Em 1912, Washington se intrometeu outro vez nos assuntos internos de Cuba e mandou suas forças armadas, após a revolta dos Veteranos de Cor, independentistas afastados do poder. O encarregado de negócios estadunidense Hugh S. Gibson explicou as razões desse levante: "Os cubanos que pegaram em armas pela causa espanhola [...] ocupam agora os cargos públicos" [14]. Os Estados Unidos haviam tomado de fato a precaução – lembrava Gibson – de colocar em postos chave os "que haviam pegado em armas contra a causa da independência cubana" [15].

A emenda Platt, que legalizava o intervencionismo estadunidense, colocava o governo cubano em uma situação "de inferioridade humilhante por meio de um desprezo de seus direitos nacionais, causando seu desprestígio no interior e no exterior do país" [16]. Tais foram as palavras do presidente cubano José Miguel Gómez. Este apêndice legislativo não deixava de recordar ao povo cubano que o destino de sua pátria se subordinava aos interesses da potência neocolonial. Assim, em 1917, o presidente Woodrow Wilson enviou vários navios de guerra a Santiago de Cuba e Camagüey quando alguns insurgentes tomaram as armas, sob a liderança de José Miguel Gómez, contra o presidente Manuel García Menocal, que desejava manter-se no poder por meio de uma fraude massiva [17].

Temendo uma reminiscência da revolta de 1917 durante as eleições presidenciais de 1920, Washington impôs ao presidente Menocal a presença do general Enoch H. Crowder, o qual se encarregou de elaborar as novas leis eleitorais e organizar a eleição [18]. Menocal fez uma ressalva ao presidente estadunidense: uma supervisão das eleições cubanas por parte de Washington "feriria o orgulho cubano [e seria] uma humilhação" para toda a nação [19]. Woodrow Wilson rechaçou com desprezo a observação e nomeou o Procônsul Crowder presidente do Comitê Eleitoral.

Quando, em dezembro de 1920, o presidente Wilson enviou Crowder a Cuba para fazer frente à grave crise "política e financeira", devida em parte ao desmoronamento da cotização do açúcar, e salvar os investimentos estadunidenses de uma quebra da economia cubana, nem sequer informou ao presidente Menocal [20]. Diante dos protestos deste, a resposta de Washington foi mordaz e lembrou a Havana, em termos bem diferentes dos costumes da diplomacia, quem era o verdadeiro dono da ilha: "O presidente dos Estados Unidos não considera necessário obter a autorização prévia do presidente de Cuba para enviar um representante especial" [21].

Em 1933, quando o movimento insurrecional que lançaram os estudantes contra a ditadura militar de Gerardo Machado deu um giro revolucionário sob o impulso de Antonio Guiteras, Washington interveio outra vez para impor um sargento estenógrafo chamado Fulgencio Batista. O governo "pentárquico" que Ramón Grau San Martín dirigiu, que empreendeu consideráveis reformas sociais, não foi do agrado dos Estados Unidos. De fato, sob a égide de Guiteras, esse criou tribunais para sancionar os crimes que foram cometidos sob Machado, convocou eleições para 22 de abril de 1934, convocou uma Assembleia Constituinte para 20 de maio de 1934, outorgou a autonomia às universidades, baixou o preço dos artigos de primeira necessidade, deu o direito ao voto às mulheres, limitou a jornada de trabalho a oito horas, criou um ministério do Trabalho, reduziu as tarifas de gás e eletricidade, acabou com o monopólio das empresas estadunidenses, impôs uma moratória temporária sobre a dívida e, sobretudo, nacionalizou a Companhia Cubana de Eletricidade, filial da American Bond and Foreign Power Company [22].

O embaixador Sumner Welles indicou o caminho a seguir: "Nenhum governo pode sobreviver aqui por um período prolongado sem o reconhecimento dos Estados Unidos e uma falta de reconhecimento deixará Cuba em uma situação ainda mais caótica e anárquica" [23]. Roosevelt não reconheceu o novo poder e enviou vários navios de guerra à ilha. As consequências foram imediatas: o Governo revolucionário foi derrotado por Batista – havia durado apenas 127 dias –, o qual instalou na presidência o fantoche Carlos Mendieta, preferindo governador por trás das cortinas. 

Welles expressou sua satisfação. Sua ação havia sido frutífera e o explicou em uma carta ao Departamento de Estado: "Estou convencido de que os cubanos nunca poderão se autogovernar até que estejam forçados a realizar que devem assumir suas próprias responsabilidades". Evidentemente, Washington se encarregaria de tal tarefa, impondo o seu homem forte [24].

Batista, submisso aos Estados Unidos, teve o poder real de 1933 a 1959, exceto no período 1944-1952. Seu golpe de Estado de março de 1952 contra o presidente Carlos Prío Socarrás foi recebido calorosamente em Washington: "Batista é fundamentalmente amistoso com os Estados Unidos e seu governo sem dúvida não será pior que o de Prío e inclusive provavelmente melhor" [25]. O sargento, convertido em general, se comprometeu a proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos em detrimento dos do povo cubano, do que se felicitou o embaixador Beaulac: "As declarações do general Batista relativas ao capital privado foram excelentes" [26].

Fidel Castro, em nome do povo cubano, se opôs imediatamente à ditadura militar e lançou um movimento insurrecional nas montanhas da Sierra Maestra. O líder do Movimiento 26 de Julio, retomando a tocha de José Martí, se tornou muito popular entre a juventude cubana, que via nele o redentor de uma Cuba colonizada e humilhada e o símbolo da resistência à hegemonia estadunidense. Durante seu discurso em Santiago de Cuba em 1º de janeiro de 1959, após a fuga de Batista, Fidel Castro advertiu a Washington de que dali adiante Cuba seria livre e soberana: "Desta vez, afortunadamente para Cuba, a Revolução chegará de verdade ao poder. Não será como em 95, quando vieram os americanos que se fizeram donos disto [...]. Nem ladrões, nem traidores, nem intervencionistas. Esta é a Revolução" [27].

John F. Kennedy foi um dos poucos dirigentes dos Estados Unidos que compreendeu a importância histórica de Fidel Castro. O explicou em um discurso de 1960 e reconheceu o apoio de Washington a Batista: "em vez de estender uma mão amistosa ao povo desesperado de Cuba, quase toda a nossa ajuda tomava a forma de assistência militar – assistência que simplesmente reforçou a ditadura de Batista, uma assistência que fracassou completamente em melhorar o bem-estar do povo cubano" [28].

A esse respeito, acrescentou:

Usamos a influência de nosso governo para promover os interesses e aumentar os benefícios das empresas americanas privadas, que dominavam a economia da ilha. No início de 1959, as empresas econômicas possuíam cerca de 40% das terras açucareiras cubanas, talvez todas as fazendas de gado, 90% das minas e concessões mineiras, 80% dos transportes e quase toda a indústria petroleira [...]. Nossa ação dava muitas vezes a impressão de que nosso país estava mais interessado em tirar dinheiro do povo cubano do que em ajudá-lo a edificar uma economia autônoma, forte e diversificada. Era impossível não suscitar a animosidade do povo cubano [29].

A advertência de uma revolução radical em Cuba era inevitável pois os Estados Unidos, por sua estratégia de dominação, negou aos cubanos toda a perspectiva de emancipação verdadeira, de independência política e de progresso econômico e social. O embaixador Phillip Bonsal evocou esta realidade: "Na Cuba pré-Castro, a presença americana esmagadora em termos geopolíticos era uma permanente lembrança da natureza imperfeita da soberania cubana [...]. Suscitava repúdio já que se considerava uma transgressão intolerável da independência e da dignidade do povo cubano" [30]. A intromissão constante do Vizinho do Norte nos assuntos internos da ilha havia danificado profundamente o sentimento de orgulho nacional dos cubanos. O último objetivo da Revolução era recuperar a soberania da nação e pôr fim à dependência dos Estados Unidos. Tal foi a missão de Fidel Castro.

Fidel Castro tomou o poder e pôs fim à tutela estadunidense que havia arrasado o país durante mais de sessenta anos. A república neocolonial se desintegrou com a fuga de Batista. O triunfo da Revolução Cubana em 1959 permitiu ao povo cubano realizar finalmente o sonho de uma pátria livre e soberana, fazendo de Fidel Castro o emblema da dignidade nacional e continental que soube se opor aos planos hegemônicos de Washington na América Latina. Se acabou então a era do complexo "plattista", em virtude do qual havia que buscar soluções estadunidenses aos problemas cubanos, com a chegada de Fidel Castro ao poder.

Notas:

[1] Luis Báez, "Absuelto por la Historia", Granma, 11 de março de 2014. http://www.granma.cu/granmad/secciones/fidel/ (site consultado em 23 de fevereiro de 2015).

[2] José Martí, «El Congreso de Washington», La Nación, 2 de novembro de 1889.

[3] Antonio Beltrán Hernández, L'Empire de la liberté, París, Editions Syllepse, 2002, p. 78.

[4] Philip S. Foner, Historia de Cuba y sus relaciones con Estados Unidos, La Havane, Editorial de Ciencias Sociales, tome I, 1973, p. 157.

[5] Philip S. Foner, La Guerra hispano/cubano/americana y el nacimiento del imperialismo norteamericano, op. cit., Volumen 1, p.16-17.

[6] Hamilton Fish, «Mr. Fish to Mr. Cushing», 6 de fevereiro de 1874, FRUS, 7 de dezembro de 1874, p. 859.

[7] Stewart L. Woodford, «Mr. Woodford to the President», 9 de março de 1898, FRUS, 6 de dezembro de 1898, p. 682-84.

[8] Philip S. Foner, La Guerra hispano/cubano/americana y el nacimiento del imperialismo norteamericano, op. cit., Volumen 1, p. 337.

[9] C. I. Bevans, Treaties and Other International Agreements of the United States of America, 1776-1949 (Washington D. C.: United States Government Printing Office, 1971), p. 1116-17.

[10] Fidel Castro Ruz, «El imperio y la isla independiente, primera parte», Cuba Debate, 14 de agosto de 2007. http://www.cubadebate.cu/reflexiones-fidel/2007/08/14/imperio-isla-independiente-primera-parte/ (site consultado em 15 de agosto de 2009).

[11] Robert Merle, Moncada : premier combat de Fidel Castro, Paris, Robert Laffon, 1965, p. 34.

[12] Tomas Estrada Palma,  « Message of Tomás Estrada Palma, President of the Republic of Cuba, to the Congress of Cuba», 6 de abril de 1903, FRUS, 7 de dezembro de 1903, p. 356-57.

[13] Edwin V. Morgan, «Minister Morgan to the Secretary of State», 13 de outubro de 1906, FRUS, 1909, p. 489.

[14] Hugh S. Gibson, «Veteranista Agitation – Attitude of the United States. The American Chargé d'Affaires to the Secretary of State», 10 de novembro de 1911, FRUS, (Washington Government Printing Office, 1919), p. 236-37.

[15] Hugh S. Gibson, «Veteranista Agitation – Attitude of the United States. The American Chargé d'Affaires to the Secretary of State», 16 de novembro de 1911, FRUS, 1919, p. 237.

[16] José Miguel Gómez, « he President of Cuba to the President», 26 de maio de 1912, FRUS, 1919, p. 248.

[17] Robert Lansing, «The Secretary of State to Minister Gonzales», 13 de fevereiro de 1917, FRUS, 1926, p. 356 ; William E. Gonzales, «Minister Gonzales to the Secretary of State», 15 de fevereiro de 1917, FRUS, 1926, p. 359 ; William E. Gonzales, «Minister Gonzales to the Secretary of State», 27 de fevereiro de 1917, FRUS, 1926, p. 369.

[18] Robert Lansing, «The Secretary of State to Minister Gonzales», 10 de março de 1917, FRUS, 1926), p. 382 ; Frank Polk, «The Acting Secretary of State to the Chargé in Cuba (Bingham)», 15 de janeiro de 1919, FRUS, Volume II (Washington Government Printing Office, 1934), p. 1-2.

[19] Rutherfurd Bingham, «The Chargé in Cuba (Bingham) to the Acting Secretary of State», 18 de janeiro de 1919, FRUS, 1934, p. 2. Véase el informe complete de Enoch H. Crowder sobre su estancia en Cuba: Enoch H. Crowder, «General Enoch H. Crowder to the Secretary of State», 30 de Agosto de 1919, FRUS, 1934, p. 29-77.

[20] Norman H. Davis, «The Acting Secretary of State to the Judge Advocate General, War Department (Crowder) », 31 de dezembro de 1920, FRUS, 1936, p. 41-43.

[21] Norman H. Davis, «The Acting Secretary of State to the Minister in Cuba (Long) », 4 de janeiro de 1921, FRUS, 1936, p. 671.

[22] Salim Lamrani, Cuba. Ce que les médias ne vous diront jamais, op. cit., p. 224.

[23] Sumner Welles, «The Ambassador in Cuba (Welles) to the Secretary of State», 10 de setembro de 1933, FRUS, 1952, p. 417.

[24] Sumner Welles, «The Ambassador in Cuba (Welles) to the Secretary of State», 25 de setembro de 1933, FRUS, 1952, p. 458.

[25] Edward G. Miller Jr., «Secretary Staff Meetings», 11 de março de 1952, lot 63 D 75, FRUS, 1983, p. 868.

[26] Willard L. Beaulac, «Memorandum of Conversation, by the ambassador in Cuba (Beaulac)», 22 de março de 1952, FRUS, 1983, p. 868.

[27] Fidel Castro Ruz, «Esta vez no se frustrará la Revolución», 1 de janeiro de 1959, Fondo Fidel Castro Ruz, n°, Archivo de la Oficina de Asuntos Históricos del Consejo de Estado (OAH-CE)

[28] John F. Kennedy, «Speech of Senator John F. Kennedy, Cincinnati, Ohio, Democratic Dinner», 6 de outubro de 1960.

[29] Id.

[30] Philip W. Bonsal, Cuba, Castro, and the United States, Pittsburgh, University of Pittsburgh Press, 1971, p. 9.

Salim Lamrani é doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, professor-titular da Universidade de la Reunión e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos.

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