quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Evento debate a saúde em Cuba em comemoração aos 90 anos de Fidel Castro

Atividade acontece na Casa dos Jornalistas, na capital mineira, e conta com diversos atores da área


Do Saúde Popular

Nesta quinta-feira (11), a cidade de Belo Horizonte (MG) realizará um colóquio sobre saúde e revolução como parte das comemorações dos 90 anos do ex-presidente cubano Fidel Castro.

Realizado pela Fundação Fidel Castro e a Associação Cultural José Martí, a atvidade, que acontece às 19h na Casa dos Jornalistas, pretende debater a saúde em Cuba, os impactos e as perspectivas do programa Mais Médicos para o Brasil, as ameaças que o Sistema Único de Saúde (SUS) vem sofrendo e a defesa da saúde pública brasileira.

Os participantes contarão com diversos debatedores da área, como o médico Felipe Proenço, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e ex-coordenador Nacional do Projeto Mais Médicos para o Brasil durante o governo de Dilma Rousseff, Carlos Yohan Cruz Martínez, Médico de Família e comunidade atuando pelo Programa Mais Médicos, Bruno Pedralva, que também é Médico de Família e comunidade e da Direção do Sindbel, o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Nathan Mendes, e Marina Corradi, Médica e professora da PUC-MG.

A medicina em Cuba

A partir do triunfo da Revolução Cubana em 1959, o país se destacou pelo alto nível de investimento na área da saúde pública, e ficou mundialmente reconhecido por sua excelência e eficiência. Em 2014, por exemplo, foi considerado um exemplo para todos os países do mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apesar de recursos muito limitados e do impacto causado pelo bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos há mais de meio século, Cuba conseguiu universalizar o acesso à saúde para todas as categorias da população e obteve resultados semelhantes aos das nações mais desenvolvidas.

O país caribenho baseia seu sistema na medicina preventiva, e a partir desta concepção conseguiu chegar a uma taxa de mortalidade infantil de 4,2 por mil habitantes, sendo o melhor indicador do continente e do Terceiro Mundo, sendo inferior a muitos países de economias centrais, como o próprio Estados Unidos.

Além disso, a expectativa de vida no país é de 78 anos, há 25 faculdades de medicina (todas públicas) e uma Escola Latino-Americana de Medicina, na qual estudam estrangeiros de 113 países, inclusive do Brasil. Desde a Revolução Cubana, foram formados cerca de 109 mil médicos no país. O país tem 161 hospitais e 452 clínicas para pouco mais de 11, 2 milhões de habitantes, conta atualmente com 6,4 médicos para mil habitantes. No Brasil, esse índice é de 1,8 médico para mil habitantes.

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