quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Cuba está disposta a trabalhar com EUA contra o ebola, diz presidente


Por Théa Rodrigues do Vermelho

Raúl Castro, presidente de Cuba, afirmou nesta segunda-feira (20) que o ebola “constitui um imenso problema para a humanidade, que deve ser enfrentado com a mais absoluta urgência”. Ele inaugurou a reunião extraordinária com representantes da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), que acontece na capital Havana, para discutir a proliferação da doença e as formas de prevenção.

Segundo o chefe de Estado da ilha caribenha, “se requer ações da comunidade internacional em seu conjunto” para evitar a epidemia do ebola. Ao chamar atenção de todos sobre a responsabilidade em relação ao tema, Raúl Castro ressaltou que “pelas veias da Nossa América corre sangue africano, carregado por aqueles que lutaram pela independência e contribuíram para criar a riqueza de muitos de nossos países”.

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Em sua fala, ele mostrou preocupação com os inúmeros alertas sobre a insuficiência de recursos e falou sobre a necessidade de atuar “com urgência” para evitar uma crise humanitária de consequências imprevisíveis.

“Esta ameaça deve ser freada com uma resposta internacional imediata, eficaz e com recursos, de forma coordenada e com a liderança da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, disse Castro.

O mandatário propôs que através da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) se realize uma cooperação para contribuir à preparação de profissionais para serem enviados ao Haiti, prioritariamente.

O presidente ratificou ainda a disposição de Cuba para trabalhar em conjunto com todos, inclusive com os Estados Unidos – país que impõe um bloqueio econômico, comercial e financeiro contra a ilha caribenha desde 1962, mas que já confirmou dois casos da doença em seu território.

“Cuba está disposta a trabalhar lado a lado, com todos os países, incluindo os Estados Unidos”, declarou Raúl Castro perante os representantes da Alba.

De acordo com ele, “as modestas experiências do sistema de saúde cubano indicam que (para combater o vírus) é necessário uma vontade integradora, organização, planejamentos e articulação do trabalho não só assistencial, mas preventivo com grande disciplina em cumprimento dos protocolos médicos”.

O presidente finalizou sua intervenção lembrando ainda que 25 países da América Latina e Caribe contam com a presença de 45.952 colaboradores cubanos e, destes 23.158 são médicos. Além disso, segundo Castro, 23.944 médicos latino-americanos se formaram em universidades cubanas nos últimos 15 anos.

Com informações do Cuba Debate e da Prensa Latina.

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