sexta-feira, 25 de abril de 2014

Espírito latino-americanista de Fidel Castro em destaque na Argentina

Da Prensa Latina

O Centro Cultural de Cooperação de Buenos Aires realizou no último dia 23 mesa redonda "Fidel y la emancipación Nuestroamericana", na qual expuseram em nome dos anfitriões o cientista político Atilio Borón e o historiador Francisco Martínez, e por Cuba seu embaixador, Jorge Lamadrid, e o Dr. Héctor Hernández Pardo.

"Fidel sintetizou e levou à prática a visão latino-americanista, humanista e anti-imperialista de Jose Martí, assim como sua evocação ao anticolonialismo cultural e panafricanismo, que marcaram a luta do prócer cubano", afirmou Martínez.

Recuperou essa visão e a transformou em original, adaptando-a ao seu tempo e propondo lutar por uma segunda independência, disse o jovem historiador.

Na opinião do embaixador Lamadrid, Fidel "encarna o mais puro e nobre de Cuba e conseguiu forjar uma férrea unidade por sua genialidade de liderança e ascendência popular no meio de uma forte resistência diante do intenso bloqueio dos Estados Unidos".

O diplomata falou das missões humanistas e solidárias de ajuda médica que concebeu aos países necessitados, assim como o plano de alfabetização 'Eu sim posso" e a "Operação Milagre" para devolver a visão a milhões de pobres, especialmente na América Latina.

Precisamente, na quarta-feira passada cerca de 60 trabalhadores pobres do município bonaerense de Avellaneda se formaram no "Eu sim posso", enquanto no último mês de março a Clínica Oftalmológica Dr. Ernesto Guevara, em Córdoba, realizou a operação número quatro mil desde sua abertura em 2009.

Anteriormente, a partir de 2005, os argentinos se operavam em Cuba e nos centros oftalmológicos construídos na Bolívia depois que Evo Morales assumiu a presidência.

O historiador Hernández Pardo disse que em toda a obra e luta revolucionária de Fidel Castro o legado histórico de Martí esteve presente.

Para Borón, "Fidel e a revolução cubana marcaram um antes e um depois para a América Latina", e suas influências estão presentes nos processos nacionais e populares que se vivem hoje na região.

Também, alertou que esses projetos de emancipação social, política e econômica, e que evocam a integração, são alvos de uma intensa campanha imperialista promovida por Washington "para fazer a América Latina retroceder ao cenário em que se encontrava antes do triunfo revolucionário cubano de 1959".

Para ilustrar sua tese, o cientista político falou dos acontecimentos de violência golpista na Venezuela, onde os Estados Unidos se empenham por "ucranizar esse país", disse em alusão ao recente golpe de estado mediante a violência da oposição na Ucrânia.

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